OBJECTIVE:
This study aims to compare
hospital mortality rate of surgical
debridement followed by primary
wound closure versus surgical
debridement with closure after preconditioning of the
wound.
METHODS:
A historical cohort of 43
patients with postoperative
mediastinitis type III and IV between 2000 and 2008. The
diagnosis of
mediastinitis was based on
physical examination and
laboratory tests.
Patients were divided into two groups
patients who received the protocol of preconditioning of the
wound (Group 2) and those
who did not (Group 1).
RESULTS:
Of the 43
patients, 15 received the protocol and were assigned to Group 2, and 28
patients to Group 1. Myocardial revascularisation was the surgical intervention most affected by
infection,
accounting for 69.8% of
patients in Group 1 and 64.3% in Group 2.
Staphylococcus aureus was the predominant pathogen,
accounting for 58.1% of all cases, 50% in Group 1 and 73.3% in Group 2.
Hospital mortality rate was 42.9% in Group 1 and 20% in Group 2 (P=1.86), with
relative risk of 2.14 and CI [0.714-6.043]. Among the 28 (65.1%)
patients who underwent single-stage surgical approach, 12 (27.9%) underwent primary
wound closure with irrigation, seven (16.3%) only primary closure, six (14%) omental flap, and three (7%)
pectoralis muscle flap.
CONCLUSION:
Due to the lack of established guidelines, the choice of the surgical approach is based largely on low-level evidence references. Preconditioning of the
wound appears to
lead to a reduction in
mortality in these
patients, being a good surgical option.
OBJETIVO:
Este estudo tem por objetivo comparar a
taxa de mortalidade intra-hospitalar do debridamento cirúrgico seguido de fechamento da
ferida operatória, com a do debridamento cirúrgico com fechamento após pré-condicionamento da
ferida.
MÉTODOS:
Coorte histórica composta por 43
pacientes portadores de
mediastinite pós-operatória tipo III e IV entre os anos de 2000 e 2008. O
diagnóstico de
mediastinite foi feito com base em exames
físico e laboratoriais. Os
pacientes foram divididos em dois grupos, os que seguiram o
protocolo de pré-condicionamento da
ferida operatória (Grupo 2) ou não (Grupo 1).
RESULTADOS:
Dos 43
pacientes, 15 seguiram o
protocolo e foram alocados no Grupo 2. A revascularização do
miocárdio foi a
cirurgia mais afetada pela
infecção, sendo responsável por 69,8% dos
pacientes no Grupo 1 e 64,3% no Grupo 2. O
Staphylococcus aureus foi o germe mais prevalente, sendo responsável por 58,1% do total dos
casos, sendo 50% e 73,3%, respectivamente, nos Grupos 1 e 2. A
mortalidade intra-hospitalar foi de 42,9% no Grupo 1 e de 20% no Grupo 2 (P=1,86), com
risco relativo de 2,14 e IC [0,714-6,043]. Entre os 28 (65,1%)
pacientes do estudo que seguiram a abordagem cirúrgica em um único
tempo, 12 (27,9%) foram submetidos a fechamento primário com irrigação, sete (16,3%), a fechamento primário isolado, seis (14%),
rotação de retalho de
epíplon, e três (7%), interposição de retalho de
músculo peitoral.
CONCLUSÃO:
Na
ausência de uma diretriz bem estabelecida, a escolha do tipo de
intervenção cirúrgica é feita utilizando-se referências com baixo nível de evidência. O pré-condicionamento da
ferida operatória parece levar a
redução da mortalidade nesses
pacientes, sendo uma boa alternativa cirúrgica.